Campanhas de Black Friday: um tutorial completo do que sua empresa pode fazer
23 out
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Como escolher as cores para sua empresa? Veja nesse guia como fazer isso de forma estratégica, além de exemplos de grandes marcas que tiveram sucesso nessa tarefa.
As cores que você escolhe para sua empresa influenciam diretamente como seu público vê seu negócio. Elas afetam a percepção de marca, as emoções dos clientes e até mesmo as decisões de compra. Neste guia, veremos como escolher as cores certas para sua empresa, além de mostrar exemplos práticos de empresas que acertaram em suas escolhas de paleta de cores.
A cor é o principal elemento que gera memória. O Estudo de Singh de 2006, comprovou que a cor aumenta o reconhecimento da marca em até 80%.
Porém, muitas pessoas subestimam o poder das cores e fazem a escolha de forma superficial. Muitas vezes seguindo as cores usadas no segmento ou até optando por gosto pessoal.
Aqui na Capulo, enxergamos a cor como um dos fortes elementos de diferenciação (e talvez até o mais forte, dependendo da aplicação). Diferente do logo, que geralmente fica em um cantinho ou na fachada, as cores estarão presentes em quase todos os pontos de contato e é reconhecida mesmo de longe.
Quer uma prova? Mesmo com o logo coberto, estamos certos de que você consegue reconhecer as marcas abaixo.
Portanto, se deseja que as pessoas reconheçam sua marca ou sua empresa com facilidade, as cores precisam ser bem escolhidas.
Não é à toa que, em todos os nossos projetos de marca e identidade visual, realizamos uma pesquisa completa de como é o uso da cor naquele segmento. Com isso em mãos podemos definir se, para o posicionamento daquela marca, faz sentido segui-las ou não.
Um exemplo de marca que utiliza a cor como principal elemento de diferenciação é a Starbucks. A cafeteria fugiu do marrom, típico do segmento, e adotou como cores principais o verde e o branco.
O uso dessas cores se conecta perfeitamente com o posicionamento da marca: criar uma “experiência” única, com um ambiente leve e acolhedor. Perfeitos para passar uma tarde, socializar com um colega de trabalho ou até mesmo para uma reunião mais amigável com cliente.
Muito além da diferenciação, a cor afeta nossas percepções.
O estudo de Labrecque e Milne (2012), mostra que as cores afetam as percepções de preço, qualidade e inovação.
Por exemplo, marcas com cores mais vibrantes (como vermelho ou laranja) são vistas como mais acessíveis e atrativas em termos de preço. Enquanto isso, associamos cores mais neutras ou sofisticadas (como o preto e o prata) a produtos de maior qualidade.
E isso é o que estuda a psicologia das cores: como as cores influenciam o comportamento e as emoções humanas.
O livro “Psicologia das cores” de Eva Heller é bastante conhecido no design. Ele mostra não só como as cores, mas também como suas combinações afetam nossa percepção.
Cada cor possui o poder de despertar uma sensação diferente em nós. E saber disso é essencial para escolher a paleta de cores da sua empresa. Abaixo vamos explorar algumas delas.
Segundo o livro da psicologia das cores, o azul é uma das cores prediletas das empresas e das pessoas. Ele é associado a sentimentos que surgem com o tempo. Como por exemplo a confiança e a segurança.
Por ser uma cor fria, traz mais seriedade e possui um aspecto menos “humano”. Por isso, o encontramos com frequencia nas empresas de tecnologia e segurança.
Junto ao branco ou em tons mais claros, traz a sensação de pureza, paz e tranquilidade. Enquanto os mais escuros são mais sóbrios e podem gerar a sensação de autoridade.
Por ser tão utilizada em diversas áreas, a cor azul escuro pode dar à empresa um ar de tradicional. Ou até passar despercebido, como algo comum.
O vermelho é uma cor que evoca extremos. Pode ser associada tanto ao amor e a paixão quanto ao ódio. dependendo do seu contexto e das cores combinadas a ele.
É vista como a cor do “proibido”, por isso é a encontramos com facilidade em sexshops e moteis.
Também traz a sensação de urgência e instiga a ação. São utilizados em situações de emergência e em fast foods – locais de “comida rápida”.
Além disso, o vermelho tem a capacidade de aumentar a pressão arterial e estimular o apetite. Por esse motivo, é comum no setor alimentício, principalmente junto ao amarelo e ao laranja.
Mas é preciso ter cuidado ao usá-la! Essa é a cor que mais se destaca entre as outras. Por isso, pode ser incômodo aos olhos quando em uma grande área. Principalmente quando há um uso excessivo em propagandas.
O verde é fortemente associado à esperança, tranquilidade e ao equilíbrio.
Por ser representar a natureza, o aplicamos com frequência a marcas e produtos naturais e orgânicos ou às engenharias ambiental e florestal.
Quando em tom claro ou em conjunto com o branco, traz o frescor e a renovação. Já quando está junto ao preto ou roxo, pode ser visto como algo tóxico e venenoso. E, é por isso que em muitos filmes o verde é escolhido como a cor principal dos vilões.
Assim como o azul, o verde escuro também transmite confiança e estabilidade. Porém, por ser uma cor mais quente, faz isso de uma forma mais amigável.
Pela crescente preocupação com a sustentabilidade, é uma cor que está sendo cada vez mais utilizada, seja nas marcas ou na moda.
O amarelo é a cor da alegria e do otimismo. Não é à toa que o Mc Donalds (um dos maiores distribuidores de brinquedos do mundo através do Mc Lanche Feliz) utiliza essa cor.
Também é a cor da criatividade e muitas marcas, como a Post-it, usam isso a seu favor. É uma cor que desperta bom humor e estimula o pensamento intelectual.
No entanto, o amarelo também é associado a sentimentos negativos, como a ansiedade e a sinais de alerta. Por isso é tão utilizado em campanhas educativas, como no setembro amarelo, e nas placas de trânsito.
A dualidade do amarelo é uma característica marcante: enquanto promove energia e luz, pode ser perturbador quando usado em excesso ou de forma inadequada.
O laranja é a cor mais quente no círculo cromático. Por isso, evoca calor, diversão e energia. Também é a cor do “não convencional” e do original.
Essa cor está fortemente relacionada à alegria, ao entusiasmo e à criatividade, sendo uma cor estimulante e extrovertida. E, muitas marcas, utilizam o laranja para trazer uma sensação de proximidade.
O laranja também é bastante comum no ramo alimentício. Isso porque as comidas com tom mais alaranjado parecem mais saborosas.
Mas cuidado com o seu uso! Dependendo da aplicação, as pessoas podem ver o laranja como imaturo. E, além disso, possui um baixo contraste quando em uso com o branco, dificultando a legibilidade. (Esse é o motivo pelo qual não utilizamos o laranja em nosso site, apesar de fazer parte da nossa cartela de cores.)
O rosa é uma das cores mais polêmicas. E a única cor em que não se diz nada de negativo.
Antigamente, era conhecido como “vermelho pequenino” e, por isso, era uma cor para meninos. Como prova, basta observar as pinturas antigas. Nelas, as roupas das mulheres são da cor azul, por ser mais suave, como nas pinturas da virgem Maria. E os homens, por sua vez, utilizam vermelho, que representava o sangue e a força nas guerras. Já para os meninos, por se tratarem de crianças, utilizavam peças cor de rosa, por ser uma “versão menor” do vermelho.
Apesar disso, hoje, associamos o rosa a características vistas como femininas em nossa cultura. É a cor da cortesia e da amabilidade.
Junto ao branco, o rosa sugere inocência e suavidade. Mas, junto ao violeta ou ao preto, essa cor está entre a imoralidade e a paixão.
O preto é a ausência de cor. Com ele, temos um distanciamento, algo insensível.
Essa cor traz sensações de exclusividade, poder e sofisticação. Por isso, é comum no mercado do luxo e da moda.
Assim como o amarelo, o preto é uma cor ambígua. Sua natureza é poderosa e definitiva, transmitindo autoridade e controle, mas pode ser percebida como opressiva ou inacessível se usada de forma inadequada.
A cor branca traz significados positivos como pureza, inocência, bondade e perfeição. Para nós, do oriente, o branco é a cor da paz e do recomeço. Já em muitos países do oriente, como a China e o Japão, ela é uma cor frequentemente associada ao luto e à morte.
O branco também pode trazer sensação de frieza. E, quando não aplicado de forma estratégica, a combinação branco e preto pode trazer a impressão de uma marca sem personalidade e passar despercebida aos olhos do consumidor.
Já em outros casos, o uso do branco e preto permite dar mais foco ao produto. Como o caso do Cartoon Network, um canal de desenhos que foi contra o esperado para o nicho. A marca utiliza o preto e branco para que, durante as exibições dos programas, o seu logotipo não chame mais atenção que o próprio desenho.
É preciso lembrar que não podemos levar estas sensações como verdade absoluta. As sensações que cada cor transmite depende de vários fatores. Esses fatores vão desde a cultura local às vivências de cada pessoa e até a outras cores que a acompanham, como citamos nos exemplos acima.
Mas… se não podemos escolher pelo “significado” das cores, o que pode ajudar na escolha de cores para sua empresa? No próximo tópico daremos algumas dicas a respeito.
Aqui na Capulo, gostamos de unir a psicologia das cores com as sensações que as cores trazem em conjunto. Depois de analisar o público, a empresa e o mercado, definimos quais sensações desejamos passar com essas cores. Para facilitar, confira algumas dicas a seguir.
Primeiramente, tenha em mente que a identidade visual não é formada só por cores. E, assim como um logotipo não é capaz de sintetizar tudo que a empresa é e acredita, somente as cores não farão isso.
Dito isto, frisamos que é importante ter explícito o que deseja transmitir com ela. Para então começar a pensar em diferentes combinações de cores, formas e texturas.
Saber quais cores são associadas ao seu ramo é essencial para se diferenciar. Veja quais cores são comuns no seu segmento, quais as pessoas relacionam a ele e quais são as cores dos seus principais concorrentes.
Com isso em mãos e com o posicionamento definido, fica mais fácil decidir onde iremos nos diferenciar. Se for pela cor, esses dados irão ajudar.
Sempre falamos que é preciso se distanciar de falsas verdades como “azul para meninos e rosa para meninas”, “vermelho e amarelo para comida” e por aí vai.
Para nós, as cores precisam fazer sentido para a marca. Tanto de acordo com o posicionamento, como com o mercado.
Se estamos falando de uma empresa conservadora ou com um público conservador, seguir as cores comuns em seu mercado pode ser uma boa. Nesse caso, a diferenciação deve estar em outros elementos como o logotipo.
E foi exatamente isso o que fizemos com a marca da Engenheira Ambiental Byanca Dourado. A Byanca atua em uma região conservadora, no interior do Goiás. Para facilitar a identificação do seu trabalho, seguimos o padrão do mercado e escolhemos o verde como cor principal.
Nesse caso, a diferenciação ficou com símbolo e com outros elementos visuais. Como podem ver na imagem, eliminamos do símbolo qualquer coisa que fosse comum no segmento, como engrenagens ou folhas.
Agora, se estamos falando de uma marca inovadora, o uso de cores que fogem disso pode auxiliar a transmitir essa mensagem. Lembrando que, quanto mais “diferente” for o seu visual, maior deverá ser o peso de outros elementos que digam ao seu consumidor o que a marca faz. Por exemplo, o nome, o slogan ou o até mesmo o investimento em campanhas de marketing.
Uma marca pode funcionar bem com somente duas cores principais, como é o caso das paletas preto e branco.
Porém, na maioria dos casos, somente as cores principais não são suficientes para transmitir toda a mensagem da marca. Por isso, geralmente escolhemos cores “extras” que serão usadas em locais pontuais. Por exemplo, em botões no site ou para destacar alguma informação nas peças publicitárias.
Além disso, ter somente as cores principais pode não cobrir todas as aplicações da marca, principalmente quando falamos em marcas grandes ou que possuem produtos variados.
Um bom exemplo é a Coca-Cola. A marca possui como cores principais o vermelho e o branco, mas, em sua versão zero açúcar e em algumas latas comemorativas, vemos também o uso do preto.
Para essa escolha, recomendamos utilizar técnicas de combinações no círculo cromático. De forma simplificada, as mais básicos são:
Dica de ferramenta: o site da Adobe Color te mostra combinações com base nessas técnicas. Basta escolher a cor principal e selecionar o modo de combinação que deseja.
Mesmo que a paleta seja em “tons pasteis”, é importante escolher pelo menos uma cor de contraste. Ela será útil em aplicações que precisam de uma legibilidade maior, como nos textos.
Em nossos projetos, separamos as cores em tons claros, médios e escuros. Isso facilita a aplicação e garante uma melhor legibilidade dos elementos. E, por consequência, garante também uma melhor experiência ao público.
Apesar de não ter regra para a quantidade de cores, tome cuidado! Quanto mais cores a paleta da sua empresa tiver, maior será o esforço e o entendimento necessário para gerenciar e aplicar essa marca.
Então, se você não tiver uma equipe capacitada ou empresa terceirizada para criar os materiais da marca no dia a dia, opte por ter uma paleta reduzida. Para facilitar, sugerimos uma ou duas cores principais e mais uma ou duas de apoio.
Uma “cor” é formada pela matriz (verde, azul, …), saturação (se tem mais ou menos pigmentação) e luminosidade (se é mais clara ou mais escura). A combinação desses elementos geram diferentes tons de uma mesma cor.
Assim, uma mesma “cor” pode passar mensagens diferentes dependendo do seu tom.
Então, depois de definidas suas cores, teste variações de tons para ver qual transmite melhor a mensagem desejada.
Se você ainda tiver dificuldade em definir as cores principais e complementares, uma dica é definir por imagens. Escolha uma imagem que transmita o que você deseja passar com sua marca e que pareça harmônica.
No Pinterest é possível encontrar várias imagens interessantes com uma simples busca. Inclusive, temos uma pasta só de inspirações de paleta de cores em nosso perfil.
Então, dessa imagem, selecione as cores mais interessantes para a empresa. Você pode fazer isso no Paint mesmo ou em algum site de paleta de cores, como o Adobe Color.
Essa foi uma das técnicas que usamos para a marca Bruna Flor.
Como queríamos uma paleta de cores que remetesse à primavera, escolhemos uma imagem que tinha a “cara da marca”. Em seguida, selecionamos as cores que eram interessantes para nossa paleta. E, por fim, fizemos alguns ajustes nessas cores para melhorar o contraste entre elas e assim, garantir a legibilidade.
Como pode perceber, o trabalho de definir cores para uma empresa não é nada simples. Mas com certeza há muitas empresas para você se inspirar.
O Nubank é um ótimo exemplo de marca disruptiva que escolheu as cores para transmitir essa mensagem. Sendo hoje um dos maiores bancos digitais da América Latina, a empresa adotou o roxo desde o início de sua criação.
Já vimos muitos lugares citar que o uso da cor é para transmitir “sofisticação”. E claro, não podemos negar que o cartão ultravioleta é bem sofisticado.
Porém, acreditamos que o real motivo da escolha seja romper com os padrões da época e se mostrar diferente dos bancos tradicionais.
Abaixo, é possível ver o quanto a cor estava diferente dos principais bancos atuantes no Brasil na época.
Mas atenção: essa é uma decisão que precisa estar alinhada aos valores e atributos ou personalidade da marca. Não adianta querer se passar por uma empresa inovadora e disruptiva se as suas ações não estão condizentes com isso.
Por isso, reforçamos que o posicionamento, definido no branding da empresa, é tão importante. E, dentro do branding, a identidade visual é um modo de comunicar de forma simples a essência da marca.
Aqui na Capulo, desenvolvemos identidades visuais estratégicas com micro-branding para micro e pequenas empresas. Onde estudamos o mercado, o público e a própria marca para desenvolver, não só a parte visual, mas também o posicionamento e identificar valores e atributos que guiarão toda a comunicação da marca.
Se você ainda ficou com dúvidas na escolha de cores, confira algumas perguntas frequentes abaixo. Ou, se deseja contratar uma empresa especializada em design de marcas para isso, entre em contato com a gente.
A resposta é NÃO! Por mais que possa parecer estranho, uma marca não precisa ter uma paleta de cores bem definida. Porém, essa decisão deve ser estratégica para que as pessoas consigam reconhecer essa marca mesmo sendo aplicadas em variadas cores.
Isso se aplica, por exemplo, a marcas em que os produtos precisam chamar mais atenção que a própria marca. Nesse caso, é comum aplicarmos o logo em variadas cores ou em preto e branco nos produtos.
Se uma cor for suficiente para transmitir todo o posicionamento da empresa, ótimo! Mas se não, não fique preso a isso. Escolha duas, três ou até mais cores como as principais.
Mas, como falamos anteriormente, quanto mais cores em sua paleta, mais difícil será a gestão dessa marca. A não ser que se defina quando usar cada cor, ter muitas cores tomarão mais tempo na hora de aplicá-las. E, além disso, corre o risco de utilizarem uma cor com mais frequência e o público percebê-la como cor principal.
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